Cartões postais no centro da capital de São Paulo estão deixando de receber turistas pela falta de segurança. Símbolos históricos como a Catedral da Sé, o Mosteiro de São Bento, o Pateo do Collegio e o Theatro Municipal saíram do roteiro de visitas por orientação do sindicato que representa os guias de turismo do estado, que recomenda aos profissionais evitarem fazer esse circuito a pé.
Para João Grande, advogado e ex-subprefeito de Pinheiros, bairro considerado nobre localizado na zona oeste da cidade de São Paulo, a orientação para evitar o Centro mostra como o paulistano sofre com a falta de segurança.
“O próprio sindicato de guias recomendar que seus profissionais evitem trajetos a pé no centro de São Paulo, a quarta maior cidade do mundo, é um verdadeiro absurdo. Essa é uma área que poderia ser muito mais explorada pelo turismo”, critica Grande.
O advogado lembra que o Brasil tem um imenso potencial turístico que, em muitos lugares, deixa de ser explorado pelos altos índices de criminalidade.
“O Brasil possui um litoral com mais de 7.000 quilômetros de extensão que poderia atrair muito mais turistas se não fosse o medo de assalto. Em São Paulo, o turismo corporativo é muito forte e isso afasta o investimento”, diz Grande.
O ex-subprefeito de Pinheiros se diz indignado com situações como essa, do centro paulista.
“O pior é, às vezes, ouvir as autoridades recomendando que não se ande a pé ou que não se usa o celular, quando elas deveriam estar provendo segurança para o cidadão”, conclui Grande.
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