No dia 27 de dezembro de 1849, Romualdo de Souza Brito e sua esposa, Tereza Maria de Jesus, formalizaram a doação de uma porção de suas terras ao Divino Espírito Santo. Esse gesto marcou o surgimento da cidade de Espírito Santo do Pinhal. Situada nas encostas da Serra da Mantiqueira, a cidade cresceu em torno da Igreja Matriz do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Dores. Durante o final do século XIX e a primeira metade do século XX, tornou-se uma das principais cidades de São Paulo, contribuindo significativamente para o seu patrimônio histórico. Através de seus habitantes e de figuras proeminentes, Espírito Santo do Pinhal construiu uma história marcada por eventos importantes para a cidade, o estado de São Paulo e o Brasil.
A economia local, especialmente durante esse período de grande crescimento, estava fortemente ligada às atividades relacionadas à produção de café. Atualmente, além do café, as terras de Espírito Santo do Pinhal são reconhecidas pela produção de uvas de qualidade e vinhos finos.
Esse reconhecimento atraiu dezenas de viticultores para o município, alguns dos quais conseguiram rapidamente produzir vinhos de alta qualidade, reconhecidos nacional e internacionalmente. Com café e vinhos de qualidade, Espírito Santo do Pinhal encontrou condições ideais para desenvolver o turismo local, levando a Prefeitura Municipal a concentrar esforços para atender às demandas desse importante segmento econômico.
ROTA: Nos passos do café
A história de Espírito Santo do Pinhal está entrelaçada com a devoção do fazendeiro Romualdo de Souza Brito. Em 1845, Brito adquiriu a Fazenda Pinhal e decidiu doar uma parte dela para a construção de uma capela. O desenvolvimento da cafeicultura em Espírito Santo do Pinhal, localizada na região Mogiana, ocorreu na segunda metade do século XIX, período em que os cafeicultores paulistas assumiram um perfil empreendedor.
Os projetos de imigração, a construção da estrada de ferro, a abolição da escravatura, o movimento republicano e o desenvolvimento urbano não foram eventos isolados, mas sim partes de uma visão de progresso compartilhada pelos proeminentes cafeicultores do Oeste Paulista, incluindo aqueles de Espírito Santo do Pinhal. Atualmente, a cidade preserva grande parte de seu patrimônio histórico, remontando à era dourada do café, e pode contar um pouco dessa história através de um roteiro turístico.
1 – Praça da Independência
A Praça da Independência não só é o ponto central da cidade, mas também um símbolo da história de Espírito Santo do Pinhal. Cercada por casarões e outras construções antigas, que remontam à era do café na região, a praça passou por uma recente reforma que a deixou muito bem iluminada. Bancos confortáveis foram instalados ao longo dela, acompanhados por uma bela fonte iluminada e pela magnífica Igreja Matriz do Divino Espírito Santo.
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2 – Prédio da antiga Coletoria do Estado de São Paulo e Posto Fiscal do Estado
Este prédio, da década de 1950, foi construído para funcionar como a Coletoria do Estado de São Paulo.
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3 – Galeria Casarão
O edifício popularmente chamado de “Galeria Casarão” foi uma das primeiras residências para aluguel na cidade, pertencente ao Barão de Motta Paes. Posteriormente, foi convertido em um centro médico, o SANDU, destinado ao atendimento público de saúde. Ao longo do tempo, passou por algumas modificações internas e atualmente é o lar de uma sala de cinema e da Associação Cultural Antônio Beneficto Machado Florence.
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4 – Residência Família Mangilli
Um vestígio da casa de Romualdo de Souza Brito permanece visível: uma imponente porta de madeira maciça e uma placa informativa ao lado, já que todos os edifícios adjacentes foram convertidos para uso comercial.
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5 – Residência Família Vergueiro
Durante a Primeira República, o cultivo do café atingiu o seu ápice em termos de produção e geração de riqueza, o que colocou os paulistas no centro do poder. Essa prosperidade e opulência se refletiram na arquitetura da época. As construções desse período apresentavam linhas arquitetônicas mais elaboradas, repletas de adornos que ostentavam a riqueza de seus proprietários.
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6 – Rua José Bonifácio
A Rua José Bonifácio, conhecida como Rua Direita, sempre teve um caráter comercial. Muitas das edificações remanescentes, datadas do final do século XIX e início do século XX, pertenciam ao Barão de Motta Paes e apresentam uma característica marcante: a maioria delas são sobrados, projetados para abrigar estabelecimentos comerciais no térreo e residências no andar superior. Um exemplo notável é a “casa dos Motinho”, pertencente aos parentes do Barão de Motta Paes.
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Em atualização.
Continua… aguarde!