O Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central (BC), ainda possui R$ 8,51 bilhões disponíveis para resgate por brasileiros, segundo dados de julho. Esse montante inclui valores esquecidos por pessoas físicas (incluindo falecidas) e empresas em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.
O valor permanece o mesmo desde junho, quando também totalizou R$ 8,51 bilhões, enquanto em meses anteriores apresentava pequenas variações: R$ 8,36 bilhões em maio e R$ 8,15 bilhões em abril.
O SVR permite que os cidadãos e empresas verifiquem se possuem valores esquecidos e solicitem a devolução. Para realizar a consulta, é necessário acessar o site oficial do Banco Central, valoresareceber.bcb.gov.br, e seguir os passos indicados:
- Acesse “Consulte valores a receber”;
- Preencha os dados solicitados;
- Clique em “Consultar” para verificar se há valores disponíveis;
- Caso positivo, faça login no sistema gov.br (nível prata ou ouro) para solicitar a transferência;
- Atenção à data de agendamento fornecida pelo sistema para efetuar a consulta e resgatar os valores.
Resgate de Valores para Pessoas Falecidas
Em casos de valores pertencentes a pessoas falecidas, é necessário que o herdeiro, inventariante, testamentário ou representante legal faça a consulta. Um termo de responsabilidade deve ser preenchido, e o contato com as instituições detentoras dos valores deve ser realizado para definir o procedimento de resgate.
Governo Federal e o Uso dos Valores Esquecidos
Na quarta-feira (11), a Câmara dos Deputados aprovou a utilização de valores não reclamados pelos titulares para compensar a desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra. O projeto, de autoria do senador Jaques Wagner, já havia sido aprovado pelo Senado e integra os esforços do governo para atingir a meta de déficit zero nas contas públicas em 2024.
A proposta permite que os recursos não reclamados sejam repassados ao Tesouro Nacional, contribuindo para cobrir o déficit orçamentário previsto para este ano.
Essas medidas são parte de uma estratégia conjunta do Senado e do Ministério da Fazenda, com apoio do ministro Fernando Haddad, para equilibrar as contas públicas sem aumentar a carga tributária.