Se o tempo está bom, as máquinas não param no cafezal. O produtor já sabe que a safra deste ano é das boas no centro-oeste de São Paulo. O clima ajudou e os pés estão carregados.
Cassiano Tosta produz café do tipo especial em uma fazenda em Garça (SP). Ele espera colher este ano 500 sacas de 60 quilos. A maior parte da produção, cerca de 80%, vai para o mercado internacional.
Ele avalia que a alta do dólar ajudou a aumentar a remuneração dos produtores e isso reforça a expectativa positiva para a safra.
A valorização do dólar está trazendo ganhos maiores, mas os custos de produção também cresceram. É que parte dos insumos segue a cotação da moeda americana.
A safra brasileira de café deve chegar a 68 milhões de sacas de 60 quilos, um aumento de 25% em relação à safra passada. As exportações ficaram em quase três milhões de sacas em maio, volume 23,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
De janeiro a maio deste ano, a exportação brasileira foi de 16,6 milhões de sacas, volume 4,3% inferior comparado aos cinco primeiros meses de 2019.
O engenheiro agrônomo Gustavo Guerreiro defende as vendas futuras para que os produtores possam se precaver de uma possível queda nos preços do café, que deve acontecer devido ao excesso de oferta nos meses de julho, agosto e setembro.
Na fazenda de Flávio Peres, grande parte da produção também vai para fora do país. Ele espera colher pelo menos 15 mil sacas de café. Para manter a competitividade, o produtor aposta em tecnologia.
Flávio utiliza georreferenciamento por GPS, que permite que as máquinas usadas no plantio sejam coordenadas através de um sinal de satélite.
Com informações do G1