No Dia Internacional da Mulher, o Detran.SP aponta que o número de motoristas mulheres que exercem atividade remunerada cresceu 17,54%, na comparação entre os anos de 2019 e 2021. O contingente de mulheres paulistas que incluíram a observação Exerce Atividade Remunerada (EAR) na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passou de 1.023.237, em 2019, para 1.202.747, em 2021. O total é o maior dos últimos cinco anos.
Em São Paulo, dados do ano passado demonstram que o público feminino representa 23% do total de motoristas que trabalham na condução de veículos e que possuem essa informação em suas habilitações.
A inclusão da observação é necessária para condutores que produzem renda por meio de veículos, como motoristas de aplicativo de transporte, taxistas, motoristas profissionais, motorista de ônibus e caminhões, além de motofretistas e mototaxistas. As empresas que contratam esses profissionais exigem que eles tenham essa observação em suas habilitações.
“As mulheres têm ampliado a ocupação de espaços também no trânsito e estão cada vez mais ativas neste segmento. Esse aumento também tem a ver com uma mudança de conceito. Algumas mulheres hoje assumem as famílias e muitas, inclusive por conta da pandemia, saíram do mercado formal e foram para o informal. Aí tiveram que se regularizar e tirar a EAR para poder conduzir esses veículos”, explica Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.
O crescimento coincide com as crises sanitária e econômica em decorrência da Covid-19, que consequentemente aumentaram a demanda dos serviços delivery de restaurantes, de entrega de produtos e de pessoas e de transporte por aplicativos. Muitas pessoas que perderam ou tiveram a renda reduzida viram o veículo como uma ferramenta para fonte de renda.
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