Comemorada tradicionalmente durante o mês de junho, a Festa Junina teve origem na França e foi trazida ao Brasil pelos portugueses durante a época da colonização, no século XVI. De acordo com historiadores, era uma celebração pagã da Europa que festejava a passagem da primavera para o verão, o chamado solstício de verão. Acreditava-se que, durante o rito, afastariam maus espíritos ou pragas que pudessem afetar a colheita.
Na época, o cristianismo se consolidou como a principal religião do continente europeu, com isso, as comemorações começaram a absorver algumas características. “A festa junina foi incorporada ao calendário católico para homenagear santos populares, como São João, São Pedro e Santo Antônio. Ela foi sendo modificada e, hoje, se tornou uma festa popular em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste”, explica a coordenadora de projetos de História da Unidade do Ensino Médio e Técnico (Cetec) do Centro Paula Souza (CPS) e professora das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) Mandaqui e de Artes, Natália Moura.
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Festa junina nos dias de hoje
Atualmente, a celebração é marcada pelo uso de roupas típicas da época, como camisa xadrez, chapéu de palha e vestido de chita (tecido de algodão com estampas coloridas e vivas). Entre os estilos de música mais comuns e que compõe a tradicional quadrilha estão o sertanejo e forró.
“A característica da quadrilha muda em cada região do País e, no Nordeste, e é comum ver os pais se orgulhando dos filhos que dançam profissionalmente durante as comemorações da Festa Junina”, comenta a docente.
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Quando se pensa em festa junina, alguns itens se tornam essenciais, como: balões, bandeirolas, correio elegante, fogueira, música, quadrilha e comidas, bebidas e vestimentas típicas.
Gastronomia
As comidas típicas são ícones importantes da Festa Junina, inclusive, é uma época do ano aguardada por muitos pela gastronomia. “Aqui no Brasil, é comum utilizarmos o milho em diversas variações de receitas, como cozido, bolo de milho ou fubá, canjica, curau, cuscuz, pamonha e pipoca”, comenta Natália.
Confira mais pratos da comemoração:
- Amendoim e doces derivados como paçoca e pé-de-moleque;
- Arroz doce;
- Baba de moça;
- Bolos (amendoim, coco, tapioca, além do tradicional de milho)
- Cachorro quente;
- Caldos quentes (carne seca, feijão, mandioquinha, etc);
- Cocada;
- Maçã do amor;
- Quentão;
- Quindim;
- Vinho quente.