Exuberante em suas cores e no seu porte, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), originária da caatinga baiana, é um alvo fácil de comércio ilegal e, consequentemente, está entre as aves brasileiras em perigo de extinção.
Por isso, o Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (CECFAU), da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), desenvolve um trabalho importante para proteger o futuro da espécie.
No centro, localizado em Araçoiaba da Serra, interior do Estado de São Paulo, os pesquisadores trabalham em estudos e programas de conservação para que as aves azuis tenham sucesso na sua reprodução. Com ambientação especial e infraestrutura específica, desde 2018, já nasceram 17 filhotes, os dois últimos em fevereiro deste ano.
O casal fértil é formado por Lindsay e Francês, ambos vítimas do comércio ilegal, o que os deixou inaptos para retornar à natureza. O CECFAU conta, também, com mais um casal de araras desse mesmo tipo, mas, neste caso, ainda não se conseguiu que os ovos gerassem filhotes.
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“Além das pesquisas com uma espécie ainda pouco estudada, o CECFAU contribui com o reforço demográfico e genético para a espécie na natureza. Também enviamos indivíduos nascidos no centro para serem liberados na Bahia, desde que sejam aprovados após treinamentos específicos de pré-soltura, e atuamos na manutenção de uma população “reserva” em cativeiro”, ressalta o coordenador Cauê Monticelli.
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O programa de reprodução da arara-azul-de-lear no CECFAU foi iniciado em 2015 e conta com a aprovação do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Fonte: Portal do Governo SP