O Corpo de Bombeiros de São Paulo desenvolveu uma plataforma online e gratuita que oferece cursos e orientações de segurança, em apoio à Lei Lucas, que visa proteger crianças em ambientes escolares. Mais de 100 mil alunos e funcionários já se beneficiaram da capacitação, aprendendo como reagir em situações de perigo.
O sargento Ednei Santos, com 22 anos de experiência no Corpo de Bombeiros, é um dos responsáveis pelo material didático do curso. Segundo ele, o site é de fácil navegação e permite que qualquer pessoa aprenda noções básicas de primeiros socorros. Além disso, ele ministrou o curso pessoalmente para funcionários de escolas públicas no início do ano, enfatizando que a primeira pessoa ao lado da vítima é crucial para salvar vidas. Ele destaca que aprender primeiros socorros é um investimento na segurança da comunidade.
O objetivo do curso é conscientizar sobre a importância dos primeiros socorros, fornecendo conhecimentos e habilidades para situações de emergência, em conformidade com a Lei Lucas, e emitindo certificados de conclusão. O programa inclui aulas de primeiros socorros, simulações de emergência e procedimentos para situações de incêndio.
A diretora escolar Ellen Cristina de Morais participou do curso online para aprimorar suas habilidades profissionais, especialmente em técnicas de desengasgo. Ela elogiou a clareza e praticidade das videoaulas e enfatizou a importância de estar preparado para ajudar o próximo e evitar danos maiores.
Com 20 anos de experiência na área educacional, Ellen já realizou vários salvamentos, principalmente em primeiros socorros. Apenas neste ano, ela aplicou essas técnicas duas vezes para cuidar de crianças feridas em quedas.
Para acessar o curso, aberto ao público de todas as idades, basta visitar o site educacaopublica.corpodebombeiros.sp.gov.br.
Sobre a Lei Lucas
A Lei Lucas nº 13.722 surgiu em 2018, com o objetivo de proteger crianças em ambientes escolares. Ela torna obrigatória a capacitação em primeiros socorros para professores e funcionários de escolas públicas e privadas. O curso foi lançado para apoiar a lei, que teve início quando Lucas Begalli, de 10 anos, morreu por asfixia durante uma excursão da escola, ao se engasgar com o lanche, na cidade de Campinas, em 2017.
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