A balança comercial da região de São João da Boa Vista registrou superávit de US$ 50,7 milhões no 1º bimestre deste ano. Os dados integram o estudo do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da FIESP, baseado em informações das diretorias regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). A Diretoria Regional de São João abrange 20 municípios.
Nos dois primeiros meses de 2024, as exportações da região totalizaram US$ 82 milhões, o que representa um aumento de 15,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações somaram US$ 31,3 milhões, o que significa um crescimento de 43,8% frente ao 1º bimestre de 2023.
O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações. Já se ocorrer o contrário, o resultado será deficitário.
Os principais produtos exportados foram café, chá, mate e especiarias (69,4%), animais vivos (8,3%) e produtos químicos orgânicos (5,2%). Por outro lado, as importações da regional foram principalmente de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (29,1%), leite e laticínios; ovos de aves (22,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,3%).
Para o vice-diretor do CIESP de São João da Boa Vista, Adriano Fontão Alvarez, o cenário revela que a região se destaca, ainda que alguns índices estejam negativos, como é o caso da exportação de leite e veículos, além de máquinas e materiais elétricos, que tiveram queda no período.
“Vemos que esses produtos que apresentaram queda acompanham o cenário mundial. Por outro lado, olhar números tão positivos na exportação de alguns produtos e de animais vivos mostra que as empresas da região estão conseguindo se fortalecer no mercado, demonstrando um bom trabalho de São João e região”, analisa.
No período analisado, os principais destinos das exportações da Regional foram Alemanha (18,3%), Estados Unidos (17,2%) e Argentina (7,8%). As compras tiveram como principais origens China (32,7%), Estados Unidos (21,6%) e Argentina (13,2%).
“Os destinos revelam que não estamos tão dependentes da China. Considerando o histórico de negócios do Brasil, a China deveria estar em primeiro, mas estamos ampliando as parcerias, o que é bom. Já na importação não poderia ser diferente porque o preço do aço na China é imbatível. E é interessante observar que os EUA, mesmo tendo mão de obra cara, têm conseguido fazer negócio conosco, por meio da tecnologia”, ressalta Alvarez.
O panorama do primeiro bimestre só confirma que a indústria pode contribuir, de modo cada vez mais significativo, para a ampliação das vendas internacionais, tanto em volume quanto pelo fato de incluir produtos de alto valor agregado na pauta de exportações.
A Regional de São João da Boa Vista contempla também as cidades de Mococa, São José do Rio Pardo, Espírito Santo do Pinhal, Vargem Grande do Sul, Aguaí, Santa Cruz das Palmeiras, Casa Branca, Santa Rosa de Viterbo, Cajuru, Tambaú, Caconde, Tapiratiba, São Sebastião da Grama, Divinolândia, Águas da Prata, Itobi, Santo Antônio do Jardim, Cássia dos Coqueiros e Santa Cruz da Esperança.
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